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“Entre Aspas”

Entre aspas escondo a minha sinceridade e deixo nas entrelinhas o que não posso dizer, mas posso fazer. E faço, com dois ou três dedos, dentro do abismo que existe entre a minha consciência e o meu desejo. Porque só mesmo entre aspas consigo me encontrar dentro de você de forma autêntica. E, entre aspas, posso me deliciar com o prazer pecaminoso que é entregar o que a minha mente suja arquitetou para o seu prazer, sem pudor em admitir que a minha desonra moral será completamente castigada na moldura limitante da sua cama sagrada. E se quero seu corpo mais profundamente do que jamais quis outro, o quero sem pressa e sem censura. Mas o quero entre aspas, despido e desnudo de toda a sua proteção, e entregue em meias verdades a serem contadas aos poucos… entre aspas…

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